Espectro
Na caixa de madeira rústica, arrumada cuidadosamente, tinha chá gelado, torradas, um pequeno pote de geleia de goiaba, um potinho de manteiga, muffins de chocolate amargo e uma mistura para cappuccino já na caneca devidamente embalada. Flaviana havia conferido cada detalhe minuciosamente para que nada desse errado. - Vou levar eu mesma! -Tem certeza? Perguntou a atendente da loja. - Sim... Eram um pouco mais que 07:00 da manhã e fazia um friozinho gostoso, daqueles que deixam o nariz geladinho. Flaviana segurou a caixa com cuidado e sentiu aquela queimação no estômago que lhe era muito familiar. A medida que se aproximava do destino mais sentia doer. Mas isso não fazia com que ela desistisse. Estava determinada a conquistar aquele homem, custasse o que custasse. Foi lembrando do dia que se conheceram. Ele tinha sido tão sorridente, tão doce com ela! Como esquecer algo assim? Chegou. Na portaria, o olhar do porteiro já era de intimidade. - Bom dia, moça... Ele ainda não chegou. Se...